Nos últimos dias, rumores sobre uma alegada escassez de combustíveis em São Tomé e Príncipe geraram apreensão entre a população e os operadores do setor. No entanto, uma fonte oficial da Empresa Nacional de Combustíveis e Óleos (ENCO), contactada esta quinta-feira pelos órgãos de comunicação social estatal do país (RNSTP e a TVS), garantiu que não há qualquer rutura de stock no país.
Segundo a fonte da ENCO, o abastecimento de combustíveis está assegurado para os próximos meses, com um novo carregamento previsto para junho próximo. A empresa reforçou que as reservas atuais são suficientes para garantir o consumo nacional até a chegada da próxima remessa.
A informação desmente categoricamente as especulações sobre uma possível escassez, que têm circulado amplamente nos últimos dias. Contudo, a mesma fonte indicou que o problema pode estar ligado a dificuldades financeiras enfrentadas por alguns postos de abastecimento, afetando a regularidade da distribuição.
A situação gerou filas em algumas bombas e receios de desabastecimento, com motoristas apressando-se para garantir combustível. Esse cenário alimentou especulações e até levou alguns revendedores a adotarem medidas restritivas na venda, gerando ainda mais incerteza no mercado.
A ENCO, no entanto, tranquiliza os consumidores, reforçando que o fornecimento está estável e que qualquer interrupção pontual deve-se a dificuldades logísticas e financeiras dos próprios postos e não a uma falta real de produto no país.
Apesar da garantia oficial, a situação reacende o debate sobre a sustentabilidade do setor energético em São Tomé e Príncipe, a dependência do abastecimento externo e a vulnerabilidade financeira dos postos de combustíveis.
Resta saber se esta explicação será suficiente para acalmar os ânimos ou se a incerteza persistirá entre os consumidores. Afinal, quando se trata de combustível, qualquer boato pode inflamar rapidamente o país.