No âmbito do Dia Mundial do Ambiente, autoridades e cidadãos de São Tomé e Príncipe foram convidados a refletir e agir em defesa do meio ambiente. Com o tema “Combater a Poluição por Plásticos”, escolhido pelas Nações Unidas para este ano, o apelo global é claro: responsabilidade e mudança urgente de hábitos para proteger o planeta.
O plástico, material que facilita o cotidiano, tornou-se uma séria ameaça à vida marinha, à saúde humana e ao futuro das próximas gerações. Em São Tomé e Príncipe, país insular com rica biodiversidade, florestas tropicais, praias deslumbrantes e um mar historicamente essencial à subsistência do povo, os impactos ambientais têm se tornado cada vez mais visíveis.
Entre os principais desafios ambientais enfrentados estão a poluição marinha e plástica, desflorestação e a mudanças climáticas. Frente a esse cenário, o governo santomense tem tomado medidas. A Lei nº 8/2020, que regula o uso de sacos plásticos, é uma das ações implementadas. No entanto, conforme destacaram as autoridades durante o evento, a eficácia dessas medidas depende do engajamento da população.
“A lei só terá impacto se for compreendida e respeitada por todos”, afirmou uma representante do governo, que também salientou os esforços em políticas de proteção costeira, reflorestamento e educação ambiental. Apesar dos avanços, ainda há desafios. A educação ambiental, já inserida no currículo escolar do 8º ano, carece de ações mais concretas.
O governo acredita no poder transformador das gerações mais jovens e defende o uso de uma linguagem acessível e adaptada à realidade local para promover a conscientização ambiental. Contudo, enfatizou que o esforço coletivo é indispensável.
Neste Dia Mundial do Ambiente, o governo fez um apelo nacional para que a data seja mais que uma celebração simbólica, tornando-se um marco de compromisso com a proteção da biodiversidade e do território santomense. “Se continuarmos a agir como se o planeta fosse descartável, é o nosso próprio futuro que colocamos em risco. Mas, se começarmos hoje, ainda estamos a tempo de reverter este cenário. Que São Tomé e Príncipe seja um exemplo de sustentabilidade, consciência ambiental e amor à natureza”, concluiu.