O Ministro do Estado da Economia e Finanças, Gareth Guadalupe, liderou esta terça-feira, 5 de agosto, uma visita técnica a dois pontos cruciais para o futuro da saúde pública nacional: o atual recinto do Hospital Ayres de Menezes e a localidade de Ferreira Governo, onde o Governo propõe construir o novo hospital de referência de São Tomé e Príncipe.
Acompanhado de uma equipa técnica multissectorial, incluindo representantes da EMAE, do Instituto Nacional de Estradas (INAE), do Laboratório de Engenharia Civil e técnicos da saúde, o ministro procurou demonstrar, no terreno, as razões da mudança estratégica de localização.
Segundo explicou Gareth Guadalupe, manter o projeto no espaço atual do hospital implicaria a interrupção de vários serviços essenciais, como cardiologia, oftalmologia, estomatologia e medicina geral, além da nova central de oxigênio instalada recentemente. “Obras dessa dimensão num hospital em funcionamento causariam não só poluição sonora e do ar, como também sérios constrangimentos logísticos e éticos, sobretudo no contacto entre trabalhadores de construção civil e os utentes, em particular mulheres e crianças”, alertou o ministro.
A alternativa encontrada em Ferreira Governo, a apenas 100 metros da estrada nacional N1, apresenta vantagens claras em termos de acessibilidade, infraestrutura elétrica, abastecimento de água, telecomunicações e privacidade dos pacientes. “A zona reúne melhores condições para acolher uma obra deste porte. Queremos garantir que o novo hospital nasce com dignidade e funcionalidade desde o primeiro tijolo”, frisou.
“O Governo não está apenas a construir paredes. Está a pensar no impacto, no funcionamento e na sustentabilidade a longo prazo da nossa principal unidade hospitalar”, acrescentou.
O governante garantiu ainda que a visita teve como propósito mostrar em loco aos parceiros financiadores, nomeadamente o Fundo Kuwait e o BADEA, a viabilidade técnica e estratégica da nova localização, reforçando o compromisso do Governo com a transparência e responsabilidade no processo. “Queremos que os nossos parceiros vejam com os próprios olhos e sintam confiança no que estamos a projetar para o país”, concluiu Gareth Guadalupe.