Formação sobre Resistência Antimicrobiana em São Tomé e Príncipe

No âmbito da luta contra a resistência antimicrobiana, um problema global de grande impacto, está a decorrer uma formação em São Tomé e Príncipe. A atividade tem como objetivo capacitar profissionais de saúde para uma melhor gestão dos antimicrobianos, com a implementação de estratégias desenvolvidas ao longo do ano passado.

Ironisa Santos, farmacêutica e responsável pela formação, explicou que, no ano passado, foram criados dois documentos chave: a Estratégia Nacional para a Resistência Antimicrobiana e as Diretrizes para a Gestão Eficaz dos Antimicrobianos. Contudo, a necessidade de uma implementação prática dessas estratégias tornou-se evidente, o que levou à organização deste evento de formação.

Durante a entrevista, Ironisa Santos destacou que, embora a resistência antimicrobiana seja um problema reconhecido mundialmente, ainda existem poucos dados sobre a resistência a antimicrobianos em São Tomé e Príncipe. A falta de infraestrutura nos laboratórios do país para realizar testes de susceptibilidade tem dificultado a obtenção de informações mais precisas sobre a situação.

A formação não só visa qualificar profissionais para o diagnóstico e a gestão eficaz dos antimicrobianos, mas também prepara esses formadores para sensibilizar a população sobre o problema da resistência antimicrobiana. A proposta é, assim, formar multiplicadores que possam, no futuro, transmitir o conhecimento adquirido a outros profissionais e à comunidade, ajudando a combater este desafio crescente.

A atividade é uma parte fundamental da implementação das políticas de saúde pública, com o objetivo de garantir que os profissionais estejam melhor preparados para lidar com os problemas relacionados à resistência antimicrobiana e, assim, proteger a saúde da população.

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