Fórum do Golfo da Guiné em São Tomé aponta caminhos para enfrentar crise climática e conservar biodiversidade

Durante dois dias intensos de debates, reflexões e partilhas técnicas, o Fórum sobre a Conservação da Biodiversidade no Golfo da Guiné, realizado em São Tomé, encerrou com um apelo unânime: é urgente investir em ciência, políticas públicas integradas e participação comunitária para salvaguardar a biodiversidade única da região frente às mudanças climáticas.

O encontro culminou no lançamento oficial do Fundo Fiduciário Eco tela, mecanismo inovador de financiamento sustentável para ações de conservação ambiental no arquipélago. Segundo os organizadores, o fundo visa garantir a continuidade dos esforços de proteção da fauna e flora, através de apoio direto a iniciativas de investigação, educação ambiental e preservação de áreas terrestres e marinhas.

 

Entre as principais recomendações do Fórum destacam-se:

  •    A criação de novas áreas marinhas protegidas, com envolvimento das comunidades piscatórias;
  •    O reforço da educação ambiental nos currículos escolares;
  •    A valorização do conhecimento científico local e tradicional;
  • O investimento contínuo na formação técnica de jovens para liderar projetos sustentáveis.

A publicação de dois livros científicos — Biodiversidade das Ilhas Oceânicas do Golfo da Guiné e o Livro Vermelho das Plantas Endémicas de São Tomé e Príncipe — foi considerada um marco simbólico de conhecimento e alerta.

O evento foi coordenado pela Bird Life Internacional e pelo Ministério do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável, com o apoio de parceiros de desenvolvimento. Para os participantes, o Fórum é apenas o início de uma jornada que exige ação coordenada entre Estado, sociedade civil e ciência.

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