Nádia Costa, estudante do Instituto Politécnico de Bragança, em Portugal, concluiu recentemente um programa de formação internacional no âmbito da engenharia civil, integrando um grupo restrito de alunos selecionados para e representar as suas instituições em projetos práticos e colaborativos.
“O objetivo principal era permitir aos estudantes aprofundarem os seus conhecimentos técnicos, desenvolverem competências internacionais e colaborarem com alunos de diferentes países em projetos reais, propostos por empresas do setor da construção”, afirmou a jovem são-tomense, Nádia Costa.
O programa teve início em março e decorreu até julho de 2025, totalizando quatro meses de aprendizagem intensiva. Com foco na metodologia “Challenge-Based Learning”, a formação visou promover soluções reais e inovadoras para desafios da engenharia, reunindo estudantes de diversas nacionalidades.
Nádia Costa afirmou ter sido a primeira são-tomense e a primeira africana a participar neste programa em 2025, um feito que considera marcante tanto para o seu percurso académico como para a visibilidade do seu país no exterior.
“A integração foi um desafio, sobretudo pela barreira linguística, e isso dificultou a comunicação.
Mas com o tempo, com apoio de professores e colegas, conseguimos adaptar-nos. Aprendi muito, e também melhorei bastante o meu inglês, sublinhou a estudante são-tomense, acrescentando que os “estudantes de Bragança e Bremen trabalharam em conjunto para encontrar soluções para problemas reais, apresentados por empresas parceiras.
Tivemos aulas, visitas técnicas, trabalho prático em equipa e, no final, apresentámos os projetos desenvolvidos numa conferência pública”, referiu.
Nádia foi selecionada após um rigoroso processo que avaliou o desempenho académico, motivação e proficiência em inglês.
“Fui a única africana e a primeira são-tomense a participar. Tive que equilibrar estudo, trabalho e maternidade, mas valeu a pena”, destacou.
A jovem engenheira em formação representou com distinção o Instituto Politécnico de Bragança, tendo contribuído ativamente nos grupos de trabalho que exploraram estratégias de construção sustentável e integração de culturas técnicas.
“E um reforço enorme do meu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a inovação”, avançou a Nádia Costa.
A sua participação foi também um exemplo de dedicação e empenho, abrindo portas para futuras colaborações e destacando o potencial dos estudantes africanos em contextos de excelência académica.
Além das atividades técnicas, a formação incluiu visitas a obras, eventos culturais e trocas de experiências entre alunos de vários países, reforçando a importância da cooperação internacional na área da engenharia civil.