Missão do CICV reforça compromisso estratégico com a Cruz Vermelha de São Tomé e Príncipe

A recente visita da delegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) a São Tomé e Príncipe representou um marco significativo para o fortalecimento da atuação humanitária no país. Liderada por Irina Martinez, Coordenadora Regional da Delegação para África Central, a missão teve como principais objetivos reforçar a cooperação bilateral, estabelecer prioridades para 2025 e realizar uma avaliação detalhada da capacidade institucional da Cruz Vermelha São-tomense.

Ao longo de cinco dias de reuniões intensas, foram analisadas diversas áreas-chave, como a gestão financeira, o aproveitamento dos recursos humanos e o alinhamento com os princípios fundamentais da Cruz Vermelha. Martinez avaliou positivamente o trabalho realizado pela filial local, destacando que existe uma base sólida para continuar a investir no seu fortalecimento.

Um dos anúncios de maior impacto foi a criação de um fundo de emergência, que permitirá à Cruz Vermelha responder com mais agilidade e eficácia a desastres naturais, crises sanitárias ou outras situações de emergência humanitária. Além disso, a delegação do CICV expressou a intenção de apoiar o desenvolvimento e a promoção do Direito Internacional Humanitário em São Tomé e Príncipe — uma área ainda incipiente no país, mas essencial para prevenir abusos em contextos de crise.

A missão também resultou na classificação da Cruz Vermelha São-tomense no Nível 2 de capacidade organizacional, o que reflete uma estrutura funcional e promissora, mas que ainda exige reforço em processos internos e estruturas de gestão, conforme destacou Irina Martinez.

Ao término da visita, ficou claro que o CICV não veio apenas para observar, mas para firmar um compromisso duradouro com o crescimento e o impacto da Cruz Vermelha em São Tomé. A mensagem final da missão foi contundente: em tempos incertos, a preparação é uma força e a solidariedade, uma obrigação. Com este espírito, o CICV pretende “apimentar” a sua atuação no terreno, trazendo mais dinamismo, estratégia e visão de futuro à ação humanitária no arquipélago.

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