A “Operação Pensionista” está longe de terminar. As investigações sobre o escândalo de desvio de quase quatro milhões de euros da Segurança Social continuam no terreno e prometem expor novas camadas de um esquema sofisticado de corrupção e enriquecimento ilícito.
O Procurador-Geral da República, Kelve Nobre de Carvalho, garantiu hoje, em declarações à comunicação social, que a equipa do Ministério Público e as forças de segurança permanecem no encalço de mais envolvidos.
Segundo o magistrado, que afirmou que as investigações continuam no segredo de justiça, não deixou de desmerecer de que existe fortes indícios de que a rede criminosa se estende para além dos três detidos e que novos mandados de busca e captura poderão ser executados nos próximos dias.
Fontes próximas da investigação revelam que a lista de suspeitos inclui figuras influentes do setor financeiro e administrativo, bem como empresários que terão beneficiado do esquema fraudulento.
A operação já desvendou um rasto de luxo e ostentação financiado com dinheiro dos pensionistas, incluindo a compra de imóveis, veículos de alto padrão e até mesmo investimentos no setor audiovisual.
A apreensão de um estúdio de televisão completamente equipado levanta questões sobre o verdadeiro destino do dinheiro desviado e os tentáculos da rede criminosa.
Kelve Nobre de Carvalho foi categórico ao afirmar que a investigação não se encerrará com as prisões já efetuadas. “Estamos determinados a esclarecer cabalmente todas estas situações e levar todos os envolvidos à justiça”, garantiu.
Nos bastidores, comenta-se que as provas reunidas até agora são robustas e comprometedoras.
O desfecho da “Operação Pensionista” pode ser um dos mais marcantes casos de corrupção da história recente de São Tomé e Príncipe, expondo uma teia de interesses que, até agora, operava nas sombras.
A população aguarda com expectativa os próximos capítulos desta investigação, que promete revelar ainda mais surpresas e levar à queda de algumas máscaras no cenário político e financeiro do país.
