Com o propósito de fortalecer a coesão institucional e ampliar o impacto social do Programa de Educação Parental (PEP+), a Direção de Proteção Social – sob a tutela do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – promoveu um atelier de integração com parceiros estratégicos. A iniciativa, enquadrada no âmbito do Programa Família, retoma este ano com uma abordagem mais ampla, incorporando novas temáticas voltadas ao fortalecimento das famílias em situação de extrema vulnerabilidade.
O encontro teve como eixo central a apresentação e articulação entre os diferentes parceiros institucionais, entre eles ONGs, escolas e centros de saúde, que desempenham um papel fundamental na operacionalização do programa. Além de alinhar estratégias, o atelier permitiu recolher propostas práticas sobre como essas instituições podem contribuir de forma ativa na disseminação de informações essenciais junto às comunidades beneficiárias. Os temas prioritários incluem educação, saúde e proteção integral da criança, numa abordagem que procura transformar realidades marcadas pela pobreza e exclusão social.
O Programa Família, que integra o PEP+, é dirigido a famílias que reúnem três critérios essenciais: ter filhos menores de 18 anos, residir em zonas classificadas como vulneráveis devido a fenómenos naturais (como secas ou inundações) e viver em situação de extrema pobreza, com rendimento inferior a um dólar por dia. Ainda assim, a capacidade de resposta é condicionada por cotas definidas, o que exige um processo rigoroso de identificação e seleção dos beneficiários.
Segundo os responsáveis do programa, o foco é claro: “Investimos no capital humano, começando pelas crianças, através do reforço escolar e da promoção de práticas parentais saudáveis”, afirmou um dos técnicos da Direção de Proteção Social. Atualmente, mais de 16 mil crianças frequentam a escola com apoio direto da iniciativa, o que representa um avanço significativo na luta contra a exclusão educativa.
O Programa de Educação Parental (PEP+) oferece sessões mensais destinadas a pais e encarregados de educação, abordando temas como saúde, nutrição, higiene, disciplina positiva e prevenção do abuso sexual infantil. As sessões são abertas à comunidade em geral e, para ampliar o alcance, parte do conteúdo será brevemente transmitido através da Rádio Nacional, assegurando o acesso à informação mesmo em zonas remotas.
A filosofia do programa ultrapassa a lógica da simples transferência monetária. “Queremos romper com a ideia de que este é apenas um apoio financeiro. A verdadeira transformação ocorre quando as famílias adquirem conhecimento e assumem o protagonismo da mudança”, mencionou o representante do Ministério da Solidariedade Social.
O atelier funcionou como um espaço dinâmico de partilha de experiências, planeamento conjunto e fortalecimento da coordenação interinstitucional. A meta comum é inequívoca: garantir que todas as instituições envolvidas atuem em sinergia para transformar, de forma sustentável, o quotidiano das famílias mais vulneráveis, com foco na criança como pilar do futuro coletivo.