Meio século após a sua criação, a Polícia Nacional marcou seus 50 anos de institucionalização com a realização de uma marcha simbólica que percorreu esta quinta-feira, 14 de agosto, as principais artérias da capital, São Tomé.
O evento, realizado sob o lema “Uma Polícia comprometida com o futuro”, enquadra-se nas actividades celebrativas do quinquagésimo aniversário da Polícia Nacional, e reuniu autoridades governamentais, as forças de segurança, sociedade civil e não só para celebrarem, juntos, meio século de dedicação à segurança pública e à proteção da comunidade.
O Primeiro-Ministro, Américo Ramos, participou ativamente da marcha e destacou a relevância do evento.
“É uma sensação muito boa”… “A Polícia deve exercer um papel pedagógico, proteger a população e criar condições para que todos se sintam seguros em sua vida diária.”
Américo Ramos reforçou que a Polícia Nacional não deve se limitar e é preciso, “investir na formação e valorização dos quadros é fundamental para que a Polícia acompanhe as mudanças da sociedade.”
“A união entre Governo, Polícia e sociedade civil é chave para consolidar a segurança pública, avançou o Primeiro-Ministro.”
Para o executivo a necessidade de haver no país, “uma Polícia próxima do cidadão fortalece a confiança, reduz conflitos e constrói um futuro mais seguro para todos.”
O comandante-geral, Aurito Vera Cruz, sublinhou a evolução da corporação ao longo das cinco décadas.
“Hoje temos uma Polícia jovem, qualificada e pronta para refletir sobre o passado, analisar o presente e construir o futuro.”
“A Polícia é amiga da comunidade, queremos que todos se sintam seguros e confiantes,” apontou o comandante-geral, Aurito Vera Cruz, ao referir que “investimos em justiça de proximidade, ações comunitárias e formação contínua para garantir que nossa atuação seja eficiente e humana.”
“A marcha simboliza a união entre forças de defesa e sociedade civil, demonstrando que segurança pública é responsabilidade de todos,” apontou Aurito Vera Cruz.
Apesar das celebrações, os desafios permanecem e nota-se ainda que a Polícia Nacional também enfrenta lacunas em equipamentos modernos, cobertura territorial limitada e necessidade de mais quadros especializados. A corporação depende em grande parte de recursos datados, o que dificulta a resposta a novas ameaças e à complexidade da segurança contemporânea.
O evento também teve um forte apelo esportivo e comunitário, integrando cidadania e atividade física, reforçando o lema de proximidade com o cidadão.
Aurito Vera Cruz complementou que “a Polícia existe para auxiliar e proteger. Quem tem medo da Polícia, muitas vezes, é quem descumpre a lei. Para os cidadãos de bem, somos parceiros, não ameaça.”
A marcha da Polícia Nacional busca se modernizar, humanizar sua atuação e consolidar a confiança da população. Além de celebrar o passado, o objetivo foi projetar os próximos 50 anos, com foco em tecnologia, formação continuada, expansão territorial e estreitamento dos laços com a sociedade civil.
“Queremos que a Polícia seja vista como amiga, humana e preparada para qualquer desafio”, finalizou Aurito Vera Cruz.
Assim, São Tomé e Príncipe assistiu a um evento que combinou história, esporte, reflexão e compromisso social, mostrando que a Polícia Nacional está pronta para enfrentar o futuro sem perder a proximidade com quem mais importa: o cidadão.