O Presidente da República, Carlos Manuel Vila Nova afirmou na sexta-feira, que STP é um país habituado à alternância do poder.
O Presidente da República fez esta afirmação no momento em que foi questionado pela imprensa sobre o programa do novo governo adoptado pela assembleia nacional, e também da crise institucional que tinha sido instalado no país, após deixar cair o décimo-oitavo governo constitucional.
O Chefe de Estado São-tomense referiu que deixa o país tranquilo, e considerou que o país, na sub-região africana é um dos melhores em exercício da democracia. “Tranquilo, este é um processo, a democracia é isso mesmo, e não gostaria de dizer crise porque repara, São Tomé e Príncipe é um país que tem a convivência democrática a um nível que muitas vezes não damos conta. E nem sempre o presidente da república e os outros órgãos da soberania é da mesma ideologia política, e nós fizemos este exercício todo. Eu lembro muito bem que trabalhei pouco mais de um ano com um governo da nova maioria, mais a legislatura foi cumprida”, salientou.
Questionado sobre o desafio que este governo terá na aprovação da OGE, na Assembleia Nacional, tendo em conta que até o dado momento, a direcção formal do partido do ADI, tinha admitido que não apoia este governo, e se estava seguro da passagem do orçamento geral na assembleia nacional.
O Presidente da República diz esta seguro e confiante em tudo que tem acontecido no país. “Este é um governo que foi constituído dentro das prorrogativas constitucionais, o presidente da república tem poderes para demitir e para nomear o primeiro-ministro e membros do governo, é uma prorrogativa que diz respeito ao presidente da república e esta cumprida”, informou após sublinhar que, o orçamento de estado é o principal instrumento do governo.
“E acredito que sim, o mesmo exercício feito na quinta-feira, pode não ser feito com os mesmos detalhes ou da mesma maneira, mais todos queremos trabalhar em legalidade e pensarmos em STP, isso é o que importa”, rematou.
O Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas Presidente da República, Carlos Vila Nova, reagiu à eleição a mesa da assembleia, e mencionou ser uma preocupação que já tinha manifestado diversas vezes. Tendo referido que foi com grande satisfação que tomou conhecimento deste assunto. “É um bom sinal e um grande alívio porque era uma preocupação que tinha manifestado várias vezes”, concluiu.
De sublinhar que, o deputado da bancada parlamentar do MLSTP Arlindo Barbosa foi eleito, esta sexta-feira, o segundo vice-presidente da Assembleia Nacional. Arlindo Barbosa que já tinha sido indicado pelo MLSTP, no início da legislatura, para a vice-presidência da Assembleia Nacional, mas chumbado pela maioria parlamentar do ADI, foi eleito, desta vez, com 48 votos a favor, 2 contra e 2 abstenções. Os deputados elegeram um secretário da mesa da Assembleia Nacional.
A eleição que caiu na pessoa do deputado Osvaldo João, também da bancada do MLSTP. Na sessão plenária desta sexta-feira, a mesa da assembleia havia agendada para a discussão e votação na generalidade a segunda alteração à lei orgânica e de processo do Tribunal de Contas.
Esta proposta foi depois retirada da agenda pelos deputados proponentes porque o actual governo manifestou intenção de também apresentar algumas alterações a referida lei. Os deputados preferiram aguardar as propostas de alterações do governo para, numa outra data, discutir e aprovar o documento.