Foi com o coração pulsando entre emoção e realização que Deomilter Henrique entrou no espaço da REINA para lançar a sua primeira obra literária, Contemplações Silenciosas. No rosto, um sorriso sereno; no olhar, a profundidade de quem atravessou anos de introspeção silenciosa para finalmente se fazer ouvir — através da poesia.
“Percebi que o silêncio não é apenas ausência de som. Ele me ajudou a encontrar o meu próprio eu”, declarou o autor, arrancando aplausos de um público emocionado.
A obra, composta por 94 poemas escritos entre 2009 e 2024, é um retrato íntimo da sua jornada como jovem, professor e sonhador. “Comecei na adolescência, inspirado por Alda do Espírito Santo e Caetano da Costa Alegre”, confessou. Com o passar do tempo, o amor pelas palavras cresceu, e o apoio de figuras como o Dr. Araújo e a editora Pena Real consolidaram o sonho.
O evento foi também marcado por fortes intervenções. “Contemplações Silenciosas deixa de ser silêncio a partir de hoje”, disse um dos convidados, enquanto outro destacou: “É mais que um livro. É um convite para mergulhar nas nossas emoções mais cruas”.
Entre agradecimentos emocionados à editora, ao Afroland First Bank, à Arena, à TV e à Rádio Nacional, Dio Milter fez questão de destacar a importância de partilhar esse caminho com outros jovens. “Escrevam, publiquem, mostrem-se. A literatura também pode mudar mentalidades.”
Na plateia, olhos brilhavam — não apenas por ver um novo livro nascer, mas por testemunhar o nascimento de um novo nome na literatura são-tomense.