Capacitação de Jornalistas Reforça Papel da Comunicação na Gestão de Resíduos e Produtos Químicos em São Tomé e Príncipe

A formação contínua de jornalistas sobre questões ambientais voltou a reunir profissionais da comunicação social, desta vez com foco no reforço das capacidades técnicas para a produção de reportagens ambientais com ênfase na gestão de resíduos e produtos químicos.

O encontro, promovido pelo Comitê Nacional de Gestão de Produtos Químicos e Resíduos, decorreu hoje, 24 de abril, na Aliança Francesa, com o objetivo de dar continuidade ao trabalho iniciado no ano anterior, quando foi realizada a primeira sessão de capacitação. Na ocasião, foram produzidas reportagens que lançaram luz sobre a problemática da má gestão de resíduos e seus impactos no meio ambiente e na saúde pública.

Segundo Mickail Saraiva, membro do referido Comitê, a comunicação social é um dos pilares fundamentais para a promoção da educação ambiental e para a mudança de comportamentos. “Estamos aqui para continuar a capacitação da comunicação social, especialmente na produção de reportagens ambientais, porque consideramos essencial que a imprensa esteja envolvida na disseminação de informação sobre os desafios e consequências da gestão inadequada de resíduos e produtos químicos”, afirmou.

A iniciativa integra os esforços nacionais de cumprimento das convenções ambientais ratificadas por São Tomé e Príncipe, com foco na melhoria da gestão de resíduos perigosos, a proteção da saúde pública e o fortalecimento da resiliência ambiental do país.

Durante a formação, os participantes tiveram acesso a conteúdos técnicos e práticos ministrados por um formador especializado. Houve ainda um espaço para análise e revisão das reportagens produzidas na edição anterior, como forma de aprendizagem contínua e troca de experiências.

Desidério Paquete, jornalista da Rádio Lobata e participante da primeira edição, destacou a importância da capacitação para o exercício responsável da profissão. “A formação ajudou-nos a entender melhor como tratar os resíduos químicos de forma ordenada e segura. Ficou claro que, se nós, jornalistas, não fizermos a nossa parte na sensibilização, poderemos enfrentar consequências sérias no futuro”, disse.

Ele acrescentou que a formação revelou a urgência de tornar os conteúdos ambientais mais acessíveis ao público através dos diversos órgãos de comunicação, e reiterou a importância da criação de uma associação de jornalistas especializados em ambiente, ideia discutida durante os encontros. “Se essa associação for reativada, poderá desempenhar um papel relevante na mobilização e capacitação contínua dos profissionais, além de fomentar a produção de conteúdos que impulsionem mudanças de comportamento e políticas públicas mais alinhadas com a sustentabilidade.”

A formação foi considerada positiva pelos organizadores e participantes, não apenas pelo conteúdo técnico abordado, mas pelo engajamento demonstrado pelos jornalistas, que reconhecem o seu papel estratégico na defesa do meio ambiente e na promoção de uma cidadania ecológica ativa.

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