Carlos Vila Nova defende cultura e juventude como pilares do futuro da lusofonia

São Tomé, 5 de Maio de 2025 – O Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, defendeu esta segunda-feira, durante a cerimônia oficial do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que a língua e a cultura são elementos centrais para a coesão e o desenvolvimento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Num discurso proferido no Hotel Praia, perante representantes de alto nível da lusofonia, incluindo ministros, diplomatas e delegações culturais, o Chefe de Estado santomense destacou que “a língua portuguesa é um pilar essencial para a construção e a manutenção da cultura da CPLP” e apelou a um reforço das políticas voltadas para a juventude, que considerou “determinante para o futuro da nossa comunidade”.

A cerimônia assinalou também a abertura oficial da Capital da Cultura da CPLP 2025, que São Tomé e Príncipe acolhe até 7 de maio. Segundo Carlos Vila Nova, o evento representa uma “ocasião para refletir sobre os diversos aspetos que concorrem para a promoção da língua e da cultura”, reforçando a importância da identidade cultural como vetor de inovação, criatividade e desenvolvimento económico.

O Presidente realçou ainda a diversidade cultural dos países lusófonos como uma riqueza única: “A diversidade existente constitui não mais do que diferentes ramos de um mesmo cabo”, afirmou, defendendo uma CPLP “mais unida, mais inclusiva e mais aberta ao mundo”.

Ao referir-se aos desafios globais que afetam a região, Vila Nova destacou a necessidade de soluções conjuntas e sustentáveis, sublinhando o papel central da juventude nesse processo. “O futuro depende das políticas direcionadas às crianças e jovens, pois delas depende sobremaneira o futuro da língua portuguesa e da cultura na comunidade”, disse.

Durante o seu discurso, o Chefe de Estado fez questão de valorizar também o património cultural santomense, convidando os presentes a apreciarem manifestações como a Puita, o Socopé e a Deixa, que, segundo ele, refletem a alma e a história do povo são-tomense.

O evento, marcado por momentos de celebração, reflexão e expressão artística, posiciona São Tomé e Príncipe no centro da agenda cultural da lusofonia, num momento em que o país assume a presidência da CPLP com foco no fortalecimento dos laços comunitários e na valorização do que é comum.

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