Os membros de Governo e financiadores reuniram-se na quarta-feira, 26 de março, na Marina de Hotel Praia, com vista contribuírem para a criação dos mecanismos de financiamento climático para a aceleração da transição energética nos Estados-Membros da CPLP.
Bem como, identificar e fortalecer as linhas de cooperação estratégicas, e definir temas prioritários para a CPLP em matéria de energia e clima.
O quarto Seminário de Energia e Clima da CPLP, realizado na capital São-tomense, resultou na elaboração do Roteiro de Cooperação 2030 de Energia e Clima, que definirá acções concretas para impulsionar investimentos, fortalecer parcerias e garantir a participação activa do bloco na COP30, que acontecerá no Brasil.
Para Gabriel Maquengo, Director de Energia do Ministério das Infra-estruturas, Recursos Naturais e Ambiente de São Tomé e Príncipe, o seminário reforça o compromisso da presidência são-tomense da CPLP com resultados práticos. “Nosso objetivo é transformar discursos em acções concretas, alinhando os países da CPLP para uma transição energética sustentável e um posicionamento forte nos debates globais sobre o clima,” sublinhou.
Mayra Pereira, Presidente da ALER, reforçou a importância da união do bloco. “A COP30 será um momento decisivo. Precisamos nos apresentar como uma comunidade coesa, com propostas concretas que representem nossas realidades e desafios,” rematou.O Ministro de Infra-estrutura e Recursos Naturais, Nelson Cardoso, disse que é importante haver espaços de partilha e desafios comuns, sendo a vulnerabilidade as mudanças climáticas e a necessidade de um crescimento socioeconómico e sustentável, factores que unem os estados membros da CPLP, enquanto parte identitária em um universo mais global. “Neste espaço fértil e sinergético está criado as condições propiciais para uma coordenação de políticas e de intercâmbios incluindo apoio técnico necessário para a promoção de boas práticas e a implementação de políticas públicas com o impacto”, concluiu o ministro, Nelson Cardoso.
Enquanto isso, a ministra do ambiente, juventude e turismo sustentável, Nilda da Mata, frisou que este seminário acontece num momento em que o mundo, e os estados membros da CPLP enfrentam desafios complexos na construção de um futuro mais sustentável e resiliente. “Todos estamos conscientes que o combate das alterações climáticas e a transição de uma economia de baixo carbono são hoje, imperativos globais”, e acrescentou ser uma oportunidade única para impulsionar um modelo de desenvolvimento mais justo, limpo e inclusivo.
Portanto, o nosso futuro passa por uma profunda descarbonização da economia e pela aposta clara nas energias renováveis e limpas, pontou a ministra do ambiente, Nilda da Mata.
O seminário reuniu representantes de diversos países, incluindo Portugal, Guiné-Bissau e Cabo Verde, além de entidades do sector energético. Entre as principais recomendações, estão a criação de um ambiente favorável ao investimento, o fortalecimento da cooperação económica e a implementação de políticas para acelerar a transição energética.
Com esse compromisso, a CPLP se prepara para um papel mais influente no cenário global, garantindo que os países lusófonos sejam protagonistas na construção de um futuro energético sustentável.