O Governo está a apertar o cerco contra práticas abusivas no mercado nacional. Em coordenação com a Direção de Regulação e Controlo das Actividades Económicas (DRCAE), têm sido intensificadas as acções de fiscalização a armazéns, supermercados e estabelecimentos comerciais suspeitos de manipulação de preços.
A escalada no custo de vida e a pressão sobre os consumidores têm levado o Executivo a tomar medidas mais firmes. A DRCAE, embora limitada em meios técnicos, tem sido determinante na identificação de irregularidades. Em várias inspecções realizadas nos últimos meses, foram detectadas situações de preços injustificados, ocultação de mercadoria e práticas que violam frontalmente as regras da concorrência leal.
“O combate à especulação e à manipulação de preços é uma prioridade estratégica para o Governo. A economia nacional deve funcionar com base em regras claras, justas e transparentes, em benefício de todos os cidadãos”, afirmou o Ministro da Economia e Finanças, Garett Guadalupe.
O Governo assegura que novas medidas estão em marcha, incluindo a actualização da legislação sobre concorrência, a aplicação de sanções mais eficazes e a criação de um canal direto de denúncias para os consumidores.
A falta de fiscalização eficaz em algumas zonas do país, especialmente nas regiões mais distantes da capital, tem sido um problema reconhecido. No entanto, com o reforço dos meios logísticos e humanos da DRCAE e o envolvimento mais activo da Polícia Económica, a expectativa é que a cobertura nacional aumente significativamente nos próximos meses.
Além da repressão, o Governo também aposta na prevenção: campanhas públicas de sensibilização e parcerias com associações de consumidores estão em desenvolvimento para promover uma cultura de preços justos e concorrência saudável.
As medidas reflectem uma postura mais firme e coordenada do Estado, com foco na estabilidade do mercado, na protecção do consumidor e na promoção da justiça económica, num contexto de desafios internos e externos.