A China não veio só com promessas — trouxe pintos, ovos férteis e um plano. Esta terça-feira, no Centro Pecuário da Pinheira, a Embaixada da República Popular da China entregou ao governo são-tomense 2.800 pintos para produção de carne, dando início a uma nova fase da cooperação agrícola entre os dois países.
“O que oferecemos hoje é apenas o começo. A China quer estar presente no avanço tecnológico da agropecuária em São Tomé e Príncipe”, afirmou a embaixadora Xu YingZheng. Para ela, agricultura e pecuária não são apenas setores produtivos — são a espinha dorsal da subsistência e da soberania alimentar.
A ação faz parte de um projeto mais amplo de apoio ao desenvolvimento da pecuária, que inclui a entrega de 3.600 ovos férteis nos próximos dias, para incubação em centros espalhados pelo país. Os pintos serão vendidos a 40 dólares — metade do preço praticado no mercado — como forma de garantir que o projeto se estenda e beneficie produtores locais.
O ministro da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Nilton Garrido, não poupou palavras: “Estamos a apostar forte na produção nacional de frango. Com iniciativas como esta, queremos reduzir a dependência de importações e reforçar a segurança alimentar.”
Mais do que aves, a China quer trazer know-how, tecnologia e estratégia. Xu YingZheng deixou claro que a cooperação pretende dar um salto qualitativo. “Estamos aqui para criar soluções duradouras. O desenvolvimento sustentável da agropecuária em São Tomé e Príncipe é uma meta que levamos a sério.”
A mensagem foi clara: o campo são-tomense poderá ser o próximo motor da economia, e a China está pronta para ajudar a colocá-lo a funcionar.