Em um movimento estratégico que marca um novo capítulo na modernização da administração pública são-tomense, o Governo de São Tomé e Príncipe inaugurou esta sexta-feira, 4 de abril, o Centro de Atendimento Único de Guadalupe, no coração do Distrito de Lobata. A cerimônia, marcada por um forte simbolismo político e social, contou com a presença do Primeiro-Ministro, membros do executivo, autoridades locais, representantes diplomáticos e uma expressiva participação popular.
A iniciativa insere-se num plano nacional ambicioso de descentralização administrativa e de proximidade governamental com a população, promovendo um modelo de governação mais eficiente, inclusivo e alinhado com as reais necessidades dos cidadãos, sobretudo dos que vivem fora da capital.
“Estamos a romper com um passado centralizado e burocrático, onde o cidadão era obrigado a percorrer longas distâncias, enfrentar filas intermináveis e perder dias inteiros para resolver assuntos simples. Este centro é a prova de que estamos a mudar essa realidade, colocando o Estado mais próximo de quem realmente importa: o povo”, afirmou o Primeiro-Ministro durante o seu discurso, sob aplausos entusiásticos.
Com uma estrutura moderna e funcional, o Centro de Atendimento Único de Guadalupe disponibiliza diversos serviços essenciais reunidos num único espaço: emissão de bilhetes de identidade e outros documentos civis, registos notariais, apoio fiscal, segurança social, serviços de migração, bem como atendimento relacionado aos setores de água e energia.
Segundo o Chefe do Governo, trata-se de “um novo paradigma de prestação de serviços públicos”, em que a eficiência, a comodidade e o respeito pelo tempo dos cidadãos estão no centro das prioridades governamentais. “Não se trata apenas de um edifício, mas sim de uma visão transformadora da forma como o Estado deve servir o cidadão”, acrescentou.
Para os moradores de Lobata, a chegada do centro representa um verdadeiro alívio e um avanço civilizacional. “Antes, tínhamos de ir até à capital para qualquer coisa. Era um gasto de tempo, dinheiro e paciência. Agora, tudo está ao nosso alcance. É um sonho realizado”, comentou Dona Emília, residente da localidade de Agostinho Neto, visivelmente emocionada.
O Presidente da Câmara Distrital de Lobata não escondeu o orgulho no feito: “Esta é uma conquista histórica. Estamos a ver o distrito a ganhar forma, dignidade e centralidade. Este centro vai mudar a forma como os nossos cidadãos vivem e se relacionam com o Estado.”
Para além do impacto direto na melhoria da qualidade dos serviços públicos, a nova infraestrutura também representa uma fonte de emprego para jovens e profissionais do distrito, dinamizando a economia local e promovendo oportunidades de carreira no setor público.
Este centro faz parte de um plano nacional mais amplo que prevê a criação de estruturas semelhantes nos demais distritos do país, de forma faseada. O Governo assegura que o processo será acompanhado de investimentos em capacitação dos funcionários públicos e em tecnologias digitais que facilitem o atendimento e a interoperabilidade entre os serviços.
“A nossa ambição é transformar a forma como o cidadão vê o Estado: de um ente distante e ineficaz para um parceiro próximo, moderno e eficiente”, concluiu o Primeiro-Ministro.
Ao inaugurar o Centro de Atendimento Único de Guadalupe, o Governo reafirma o seu compromisso com uma administração pública transparente, participativa e orientada para resultados reais. Trata-se de uma medida que vai além do simbolismo político: é uma resposta concreta às necessidades do povo e um sinal de que a mudança está em marcha.
“Este é apenas o início. Estamos a construir, passo a passo, um novo contrato social entre o Estado e os cidadãos”, sublinhou Primeiro-Ministro, referindo que a proximidade institucional é essencial para restaurar a confiança no aparelho do Estado.
Com essa inauguração, São Tomé e Príncipe dá um passo firme e promissor rumo a uma governação mais humanizada, descentralizada e eficaz, abrindo portas para um futuro onde a cidadania é exercida com dignidade, e o Estado responde com responsabilidade