No âmbito das comemorações do Mês da Mulher e do fortalecimento das organizações da sociedade civil feminina, um encontro realizado nesta quinta-feira, no auditório da Biblioteca Nacional, reuniu entidades governamentais e grupos femininos. A iniciativa, promovida pela OIKOS, com o apoio de uma rede dedicada à causa, teve como principal objetivo estabelecer um canal de diálogo contínuo entre essas organizações e as instâncias governamentais, tanto a nível nacional quanto distrital.
O debate pontou as conquistas alcançadas pelas mulheres em diferentes setores da sociedade, mas também os desafios que ainda persistem. “Queremos garantir que todas as vozes femininas sejam ouvidas e representadas, criando um espaço de diálogo permanente”, afirmou uma das organizadoras do evento.
Entre os temas discutidos, a autonomia financeira das mulheres em comunidades rurais foi apontada como uma das principais prioridades. Para enfrentar essa questão, a OIKOS anunciou a criação de um projeto que promoverá atividades econômicas, oferecendo oportunidades concretas para garantir independência financeira às mulheres dessas localidades.
A representatividade feminina em todos os setores foi amplamente debatida, com destaque para a necessidade de igualdade de oportunidades entre mulheres urbanas e rurais. “A mulher é mulher, seja agricultora ou moradora da cidade. Todas têm um papel fundamental na sociedade e devem ter os mesmos direitos e oportunidades”, enfatizou uma das participantes.
A subintendente da Polícia Nacional, presente no evento, reforçou a importância de políticas públicas inclusivas e da descentralização dos serviços essenciais. “A informação e os serviços precisam chegar a todas as mulheres, independentemente de onde vivam ou trabalhem”, ressaltou.
Para evitar que os debates fiquem apenas no discurso, os participantes defenderam a criação de um espaço de diálogo permanente entre a sociedade civil e o governo. Como proposta, foram sugeridas reuniões semestrais para discutir temas prioritários e elaborar diretrizes que possam ser incorporadas em políticas públicas.
O evento reafirmou o compromisso das instituições presentes em promover mudanças significativas para as mulheres de São Tomé e Príncipe, reforçando a necessidade de ações concretas para garantir inclusão, igualdade e empoderamento feminino em todas as esferas da sociedade.