Por ocasião do Dia Mundial da Saúde, celebrado esta segunda-feira, 7 de abril, o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em São Tomé e Príncipe, Abdulaye Diarra, emitiu uma mensagem contundente que chama a atenção para um dos problemas mais críticos da região: a elevada taxa de mortalidade materna e de recém-nascidos.
Segundo o representante da OMS, os dados disponíveis indicam que a África Central continua a ser uma das regiões do mundo com piores indicadores de saúde materno-infantil. “A mortalidade materna e neonatal continua a ser uma das principais preocupações nos países da região”, afirmou Diarra.
A realidade é preocupante. Mulheres ainda morrem durante a gravidez ou no parto por causas evitáveis, e milhares de recém-nascidos não sobrevivem aos primeiros dias de vida. A carência de cuidados obstétricos de qualidade, a insuficiência de profissionais de saúde capacitados e a limitada cobertura dos serviços de saúde são fatores que agravam o cenário.
Apesar dos esforços dos governos e parceiros internacionais, Abdulaye Diarra destaca que “persistem muitos desafios estruturais e sistémicos que impedem progressos mais rápidos”. A fragilidade dos sistemas de saúde, aliada a desigualdades no acesso aos cuidados, compromete seriamente os direitos à vida e à saúde de mães e bebês.
O representante da OMS reforçou ainda o apelo para que os Estados-membros da região intensifiquem os investimentos em saúde pública, com enfoque na melhoria dos serviços de maternidade, formação de pessoal e acesso equitativo aos cuidados essenciais.
O Dia Mundial da Saúde, sob o lema “Minha saúde, meu direito”, é mais uma oportunidade para exigir ação concreta e eficaz — não apenas discursos. Em São Tomé e Príncipe e na região africana, garantir o direito à vida de mães e recém-nascidos deve ser mais do que uma prioridade: deve ser um compromisso inadiável.