Biblioteca Nacional, São Tomé – Pela primeira vez, São Tomé e Príncipe está a desenvolver um plano estratégico específico para proteger os seus bens culturais e naturais face a catástrofes. A iniciativa, impulsionada pela UNESCO e apoiada tecnicamente pela Escola do Património Africano, arrancou esta semana com um ateliê intensivo de capacitação na Biblioteca Nacional.
A representante da UNESCO no país, Sónia Carvalho, explicou que, embora existam estratégias de resiliência climática em curso, “nenhuma delas contempla de forma específica os sítios patrimoniais”. Essa lacuna representa um risco sério num país vulnerável às mudanças climáticas e onde o património — como documentos históricos e peças museológicas — exige cuidados específicos em cenários de emergência.
Durante os três dias do ateliê, técnicos nacionais de diferentes setores estão a ser treinados para responder de forma adequada em situações de risco. O ponto alto será uma simulação prática no Museu Nacional, com envolvimento direto de bombeiros, que aprenderão a manusear peças culturais de forma segura.
“Se houver uma catástrofe e ninguém souber como agir perante uma obra histórica ou um documento raro, o país pode perder para sempre parte da sua identidade”, sublinhou Sónia Carvalho.
O plano estratégico será finalizado e validado num segundo encontro com altos responsáveis das instituições públicas, nos dias 29 e 30 de maio, tornando-se uma referência nacional para a mitigação de riscos patrimoniais.
Com financiamento do Fundo de Emergência da UNESCO, o plano visa não só proteger a herança cultural e natural de São Tomé e Príncipe, mas também sensibilizar decisores e primeiros socorristas para o seu valor incalculável.
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