Portugal enfrenta uma nova crise política após a reprovação de uma moção de confiança no Parlamento, menos de um ano depois de Luís Montenegro assumir como primeiro-ministro. O desfecho agrava a instabilidade no país, que vê pela terceira vez em três anos um governo cair.
A crise foi desencadeada por alegações de conflito de interesses envolvendo a empresa familiar de Montenegro, a Spinumviva. Diante das acusações, a moção de confiança foi rejeitada com os votos contra do Partido Socialista (PS), Chega, Partido Comunista Português (PCP), Bloco de Esquerda, Livre e PAN. Apenas a Aliança Democrática (PSD/CDS-PP) e a Iniciativa Liberal votaram a favor.
Perante este cenário, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou consultas com os partidos políticos antes de avançar para a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas, que poderão ocorrer já em maio.
Apesar da turbulência, Montenegro nega qualquer irregularidade e já anunciou a intenção de se recandidatar, mesmo sob investigação e sob forte contestação da oposição.
A incerteza política surge num momento crítico para o país, que enfrenta desafios económicos e sociais significativos, como a gestão dos fundos de desenvolvimento da União Europeia e a necessidade de reforçar a confiança nas instituições democráticas. A forma como Portugal lidará com esta crise poderá definir o rumo da sua estabilidade política e económica nos próximos anos.
Enquanto isso, Américo Ramos revelou que não conseguiu reunir-se com o primeiro-ministro demissionário devido à complexidade do cenário político atual. Primeiro-ministro fez esta revelação quando regressava ao país depois da sua deslocação a Gana para participar no evento político organizado pela autoridade de Gana, e também a Portugal para encontrar com o governo de Montenegro, onde fez se acompanhar da ministra do Estado dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Ilza Amado Vaz, e do Presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento