Durante a abertura do ano judicial, o Primeiro-Ministro de São Tomé e Príncipe reconheceu que a independência da Justiça ainda é um desafio e que há muito trabalho por fazer para garantir um sistema mais eficiente e acessível aos cidadãos.
O chefe do governo destacou que, apesar dos tempos difíceis que o país enfrenta, é fundamental que os recursos públicos destinados ao setor judiciário gerem resultados concretos para a população. “O dinheiro investido na Justiça deve ter retorno para os cidadãos”, afirmou, deixando no ar uma cobrança sobre a eficácia do sistema.
Numa declaração enigmática, o Primeiro-Ministro afirmou que “a balança tem que ser equilibrada”, sugerindo que o sistema judicial enfrenta desigualdades que precisam ser corrigidas. Embora não tenha especificado que tipo de equilíbrio busca, a frase pode ser interpretada como uma referência à necessidade de maior equidade, transparência e isenção nas decisões judiciais.
O discurso do líder do Executivo vem num momento em que a Justiça são-tomense tem sido alvo de críticas sobre sua morosidade, falta de autonomia e deficiências estruturais. A pergunta que fica é: haverá ações concretas para equilibrar essa balança ou a Justiça continuará pesando mais para um lado do que para o outro?