Primeiro-ministro santomense, Américo Ramos, reuniu-se hoje com representantes das agências da ONU para discutir o andamento dos projetos em curso no país, os resultados alcançados e os desafios a serem superados. O encontro teve como objetivo principal acelerar a execução dos projetos e garantir que os seus benefícios cheguem à população de forma mais concreta. De acordo com o representante das Nações Unidas, a taxa de execução dos projetos da ONU em 2023 atingiu 77%, um resultado considerado positivo. No entanto, ele destacou a necessidade de evitar a burocracia e imprimir um ritmo mais acelerado aos projetos, com foco em resultados tangíveis para a população.
Foram mencionados alguns projetos específicos que estão em andamento, como a instalação de painéis solares em centros de saúde e escolas, a ampliação do programa de alimentação escolar (PNASE) e o apoio à saúde, com foco na prevenção de doenças transmissíveis e não transmissíveis. Ficou definido que cada ministério realizará encontros com as agências da ONU e as suas equipas técnicas para detalhar os planos de trabalho, definir orçamentos e garantir a transparência dos processos. O projeto de apoio ao fundo de consolidação da paz e à reforma da justiça tem avançado, com o objetivo de ampliar o acesso à justiça, equipar a polícia judiciária, reabilitar tribunais e implementar mecanismos alternativos de resolução de disputas. No entanto, o país foi convidado a apresentar os seus resultados e solicitar mais apoio para a consolidação da paz numa reunião com a comissão da ONU em Nova York. Além disso, está em curso um processo de revisão do setor de segurança para definir as necessidades prioritárias e urgentes, e o governo está elaborando uma estratégia de prevenção de conflitos, que envolverá diálogo social e atenção aos jovens.
O representante da ONU abordou a crescente onda de abuso sexual de menores e afirmou que diversas agências da ONU estão trabalhando em apoio ao combate à violência de gênero e à violência contra crianças. Ele mencionou o lançamento de um manual para gestão de fluxo nesses casos e a previsão de mais formações, além da importância de dados confiáveis e do apoio da justiça para resolver os casos. O encontro reafirmou o compromisso do governo de São Tomé e Príncipe e das agências da ONU em trabalharem juntos para o desenvolvimento do país e o bem-estar da população.