São Tomé e Príncipe torna-se palco da reflexão lusófona sobre Economia Azul

Começou hoje, no anfiteatro da Faculdade de Ciências e Tecnologia da USTP, o VII Simpósio de Economia e Gestão da Lusofonia, com foco na “Economia Azul e Sustentabilidade”. O evento, que se estende até quinta-feira, reúne líderes governamentais, académicos e representantes de países da CPLP para debater os caminhos da inovação e crescimento sustentável nos oceanos.

O arquipélago de São Tomé e Príncipe acolhe, ao longo de três dias, um dos encontros mais relevantes do espaço lusófono no domínio da economia e da gestão. Organizado em parceria com a Rede Internacional Académica da Lusofonia (RIAL), o simpósio tem como palco principal o campus da Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP).

Na cerimónia de abertura, o Primeiro-Ministro Américo Ramos destacou a urgência de se investir numa economia azul “sustentável, resiliente e inclusiva”, sublinhando a dependência das economias insulares em relação aos recursos marinhos. “Este encontro oferece uma oportunidade ímpar para reforçar a nossa estratégia nacional e consolidar a visão de um futuro mais azul e mais sustentável”, afirmou.

Entre os oradores estiveram também a Reitora da USTP, Eurídice Aguiar, que reforçou o papel das universidades como motores de conhecimento e ação transformadora. “Este simpósio representa uma ponte entre a ciência, a política e a prática. Precisamos de soluções inovadoras e colaborativas para enfrentar os desafios ambientais e económicos do nosso tempo”, defendeu a dirigente universitária.

João Montão, Presidente da RIAL, não poupou elogios à hospitalidade são-tomense e à importância do evento: “Hoje, São Tomé e Príncipe é o centro da lusofonia. Este simpósio é um ecossistema vivo, onde as diferenças não separam, mas enriquecem”. Com mais de 70 participantes de 8 países e 3 continentes, a iniciativa promete gerar reflexões de alto nível sobre inovação, desenvolvimento sustentável, empreendedorismo e cooperação internacional.

No decorrer do simpósio, serão apresentados estudos científicos, painéis temáticos, concursos de inovação e propostas concretas para fortalecer as ligações entre os países lusófonos no domínio da economia azul.

A comunidade académica, estudantes e decisores políticos do país estão a acompanhar os trabalhos com grande expectativa. A programação inclui ainda sessões especiais sobre empreendedorismo jovem, adaptação às mudanças climáticas e novas políticas públicas para a economia do mar.

O simpósio termina na próxima quinta-feira, e espera-se que das reflexões emergentes nasçam novas ideias e colaborações estratégicas para a construção de um futuro azul comum.

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