Está em marcha uma verdadeira transformação nas empresas e o Estado para lidar com as finanças. O novo Sistema de Normalização Contabilística (SNC), cuja implementação foi oficialmente adiada para 2027, promete mudar profundamente o panorama da contabilidade em São Tomé e Príncipe.
Teve início esta segunda-feira, 23 de junho, uma formação sobre o novo Sistema de Normalização Contabilística (SNC), que decorre até sexta-feira, 27 de junho, em São Tomé e Príncipe. Ministrada pelo formador Rui Ferreira, a capacitação prepara os profissionais da contabilidade para a futura implementação deste sistema.
O presidente da Ordem dos Técnicos Oficiais de Conta e Auditores de São Tomé e Príncipe (OTOCA), Hamilton Barros, afirmou que o sistema contabilístico utilizado no país há mais de 30 anos já não está alinhado com as normas internacionais. Segundo o responsável, há uma necessidade urgente de capacitar os profissionais da área para enfrentarem este novo desafio.
Hamilton Barros destacou ainda as vantagens do novo Sistema de Normalização Contabilística, cuja implementação está prevista para 2027, sublinhando que a sua adoção trará ganhos significativos para a qualidade da informação financeira e para a gestão pública e privada.
O novo SNC representa uma mudança significativa em relação ao atual modelo, introduzindo novas formas de registo contabilístico alinhadas com as normas internacionais. “Será um desafio, mas estou certo de que os profissionais vão superá-lo”, afirmou Rui Ferreira, recordando que um primeiro grupo de técnicos da OTOCA já participou numa formação inicial em Lisboa.
Inicialmente prevista para 2026, a entrada em vigor do novo sistema foi adiada para 2027, de forma a garantir uma melhor preparação dos profissionais. Assim, a partir de 1 de janeiro de 2027, as contas passarão a ser elaboradas segundo as novas normas.
A modernização não beneficiará apenas o Estado na arrecadação de impostos, mas também os empresários, ao transformar a contabilidade numa ferramenta mais eficaz de gestão. Rui Ferreira destacou ainda a importância do reconhecimento crescente da profissão, à semelhança do que tem acontecido em Portugal.
Nos próximos meses, novas ações de formação vão continuar, assegurando que os profissionais estejam prontos para esta transição.