A Agência Nacional de Petróleo (ANP) oficializou na sexta-feira, dia 12 de Setembro, a entrada da Galp e da Petrobras no Bloco 4, inicialmente adjudicado à Shell em 2024. A assinatura reforça a cooperação internacional no setor petrolífero em São Tomé e Príncipe.
O diretor executivo da ANP, Álvaro Silva, explicou que a operação não cria um novo bloco, mas redistribui a participação da Shell. “O que ocorreu foi a transferência de parte dos interesses da Shell para dois parceiros de confiança. Trata-se de uma partilha de riscos e investimentos, sem qualquer cláusula que comprometa a soberania ou os interesses do Estado”, afirmou.
Com o acordo, a Shell passa a deter 30% do bloco, cedendo 27,5% à Galp e 27,5% à Petrobras. O Estado mantém os seus direitos sobre o recurso natural.
O próximo passo previsto é a realização de estudos sísmicos em 2026, que vão permitir avaliar o potencial de produção do bloco. Sobre a parceria, Álvaro Silva sublinhou: “A entrada da Galp e da Petrobras fortalece o consórcio e os nossos laços de cooperação. A sua presença aumenta a confiança de que, num futuro próximo, São Tomé e Príncipe poderá colher resultados concretos neste setor estratégico”, concluiu.
A ANP considera este movimento mais um marco no “longo, mas cauteloso processo” de exploração petrolífera no país, reforçando a posição de São Tomé e Príncipe como ator relevante no setor energético regional.